O
recesso dos vereadores acabou, mas as manifestações a favor do passe-livre
para estudantes e desempregados e pela redução da tarifa de transporte, não. Assim
como em Porto Alegre, Belo Horizonte, São Luís e diversas outras cidades Brasil
a fora, a juventude de Belém mostra disposição de luta e, mais uma vez, ocupa a
Câmara Municipal de Belém, na manhã de hoje (05/08).
Mas
as cenas que os integrantes do Movimento Belém Livre viram hoje não foram muito
diferentes das que eles presenciaram na ocupação realizada em julho deste mesmo
ano. A forma, mesmo diferente, não alterou em nada o conteúdo e o que os
manifestantes puderam observar foram atitudes ora arbitrárias, ora negativas,
como o excesso de policiais no local, intimidação, fechamento dos portões e
impedimento de entrada/saída dos manifestantes e, por fim, o não posicionamento
da câmara sobre a redução da tarifa e a não entrada do projeto de passe livre
na pauta de votação.
Ao
contrário da maioria das cidades do país, que conseguiram vitórias parciais,
com redução da tarifa de ônibus ou passe livre, a prefeitura de Belém ainda não
recuou nenhum milímetro e segue se negando a ceder ao movimento. Esse é o
caráter do governo Zenaldo e de seu partido, o PSDB, da qual também faz parte a
maioria dos vereadores do município. Um governos para os ricos e empresários,
que vai contra os anseios dos trabalhadores e da juventude.
Entretanto,
devido à pressão do movimento e a intervenção de alguns dos vereadores da
bancada de oposição, uma comissão de vereadores se reuniu com os manifestantes
e realizaram uma espécie de assembleia, onde puderam ouvir as reivindicações do
movimento. O indicativo para que o passe-livre entre em discussão ficou para a
próxima quarta-feira (07/08). Até lá, os manifestantes permanecerão nas
dependências da Câmara, “ocupando e resistindo” com o objetivo de pressionar e
garantir a aprovação do projeto de lei.
O
mandato do vereador Cleber Rabelo (PSTU) está, desde o início, construindo as
mobilizações lado a lado do Movimento Belém Livre. Saudamos a ocupação da
Câmara dos Vereadores por acreditar que a saída para a conquista dos nossos
direitos é a mobilização, a luta. Somos contra qualquer tentativa de repressão
policial aos bravos guerreiros que ocupam, pela segunda vez, a casa que deveria
ser do povo. Reafirmamos nosso compromisso com a luta e nos colocamos na linha
de frente da exigência desta pauta, essencial para a garantia da liberdade de
ir e vir, do direito à cultura e do direito à educação.
Passe Livre Já, Brasil!
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