Nesta quinta-feira,
06, Cleber Rabelo acordou antes do sol nascer para apoiar a greve da Construção
Civil, que já havia chegado ao seu 3º dia. Este dia teve um simbolismo
especial, pois marcou o início da unificação da greve da “peãozada” de Belém
com a dos operários de Ananindeua, Marituba e Barcarena, três municípios
próximos. A grande vitória do dia foi ter parado diversas obras que ainda não
tinham aderido à greve, conseguindo assim chegar ao patamar de 97% da categoria
parada.
Após os piquetes,
milhares de operários vieram para a frente do sindicato para uma assembleia e
depois partir em manifestação para a sede do sindicato patronal, como forma de
pressão. Nas duas atividades foi massivo o apoio à candidatura de Cleber, tendo
dezenas de operários cadastrados como apoiadores e filiados ao PSTU. Muitos
também levaram para suas casas cartazes, santinhos, panfletos e adesivos para
divulgar em seus bairros esta candidatura socialista.
Antes da saída da
passeata, um silêncio tomou os cerca de 4 mil operários assim que o
diretor do sindicato, Ailson, anunciou no microfone o servente de ferreiro Cleber Rabelo para saudar o ato que se iniciava. A atenção dos operários durante
a intervenção do diretor licenciado do Sindicado dos Trabalhadores da
Construção Civil e candidato a vereador de Belém mostrava a confiança e
respeito que ele inspira na classe.
A caminhada que
parou o centro de Belém, apesar de não ter conseguido arrancar da patronal
nenhuma negociação, terminou com um sentimento indescritível de vitória. Para
além do simbolismo que significava ter a categoria dos operários da construção
civil das 4 cidades da região metropolitana de Belém juntas na frente da sede
da patronal gritando palavras de ordem, como: “Ô patronal preste atenção, está
chegando o tsuname de peão!”.
O ato foi
finalizado de forma muito emocionante. O comando do ato leu na íntegra o artigo http://mimcomigomesmo.blogspot.com.br/2012/09/sobre-greve-dos-trabalhadores-da.html?spref=fb) do professor universitário da UEPA Tony Leão, deixando
todos emocionados, e muitos aos prantos. Enquanto as palavras do professor eram
proferidas no microfone, podia-se ler no rosto de cada operário presente a
dureza e o sofrimento que é ser trabalhador em nossa sociedade e ter somente a
força de seus braços “para se equilibrar”, como diz o texto. Mais que isso: era
um olhar de esperança, um olhar de quem está na luta e está disposto a ir até o
fim.
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