Nessa terça-feira, 11/09 e com 95% de obras paradas em Belém, os operários
da construção civil entram para o 8º dia de greve. Os patrões ainda não
sentaram pra negociar, mas a categoria continua unida buscando seus
direitos. As mulheres, operárias da construção civil de Belém, Ananindeua
e Marituba marcaram a presença demonstrando sua disposição de continuar em
greve. Com muita garra mostram que devem estar juntamente com os homens lutando
contra a opressão e exploração que sofrem no canteiro de obras.
As mulheres em Belém não possuem
ainda classificação e nem qualificação nos canteiros de obra. Estas entram e
saem como serventes de pedreiro, o que determina a diferenciação salarial. "As operárias não têm garantia de
contratação e ainda sofrem com o assédio moral e sexual. São trabalhadoras que
saem todos os dias de suas casas, deixando seus filhos para arriscar suas vidas
nas obras, e mesmo assim, não recebem a devida valorização de seu trabalho", denuncia Deuzinha, diretora do Sindicato da construção civil em Belém.
A pauta específica das mulheres tem como reivindicação: que 10% das vagas em canteiros de obras sejam destinadas para as mulheres; garantia de creche para os filhos de 0 a 6 anos; classificação e qualificação; e licença maternidade de 6 meses.
A luta das companheiras é uma luta de todos os homens, operários da construção civil. Essa é uma luta que segue, pois entendemos que para trabalho igual o salário deve ser igual. Que a luta da mulher trabalhadora é nossa também. Que a classe trabalhadora, homens e mulheres estão em luta nesse 8º dia de greve.
Só a luta muda à vida!
Nenhum comentário:
Postar um comentário