A partir de
década de 60, com a construção dos primeiros conjuntos habitacionais, a
paisagem da Região Metropolitana de Belém mudou radicalmente. Concebidos para
amenizar a questão de falta de moradia de populações menos favorecidas da
cidade, e, em muitos casos inspirados no projeto de construção de Brasília, os
conjuntos habitacionais da grande Belém, pareciam ser uma saída rápida e
eficaz. Mas o tempo mostrou que não foi bem assim.
Na manhã deste Sábado (11/08)
o PSTU fez a tradicional caminhada no conjunto residencial Império Amazônico,
localizado no bairro de Souza em Belém e constatou as diversas dificuldades
enfrentadas pela população do conjunto.
Problemas
estruturais, alguns blocos são conhecidos pelos próprios moradores como “balança,
mas não cai”. Falta de segurança, volta e meia o comércio do conjunto é
surpreendido por assaltantes que praticam seus crimes e fogem sem interferência
da polícia ou da guarda municipal. Outro problema enfrentado pela comunidade é
o acumulo de lixo, que aumenta os problemas de saúde.
O residencial também
representa a resistência cultural dos bairros periféricos. Projetos de basquete
de rua e de capoeira fazem parte dos eventos que contribuem para
a socialização dos jovens através do esporte, e se apresentam como atividades
potentes para encontrar caminhos possíveis para diminuir os índices de
violência.
Um dos moradores e organizadores
das atividades, diz que o esporte e a cultura são instrumentos para a educação
e prevenção de riscos dos jovens pobres da periferia, e reclama a ausência de
políticas públicas eficazes que possam suprir necessidades básicas para a
prática de esportes pela população: como a construção e manutenção de quadras
esportivas em praças públicas, e o incentivo a prática de esportes e ao lazer
coletivo, e junto com o esporte os organizadores levam para as quadras,
apresentações artísticas e oficinas de hip-hop, grafite, clubes de leitura e
extensa programação cultural.
O Império
Amazônico tem 16 blocos com 64 apartamentos em cada bloco. “Aqui se elege um vereador, meu filho. É tanta gente que nem dá para
contar, mas temos força, sim”, avisou Sandra, 16 anos de moradia no Império
Amazônico. “Queremos políticos que
realmente represente as necessidades da população, estamos cansados de políticos
que só aparecem aqui em época de eleição pedindo votos e depois somem”,
concluiu.
O candidato do
PSTU, Cleber Rabelo, esteve presente na caminhada e conversou com os moradores
e comerciantes da área. Cleber falou da importância de eleger o primeiro
operário da construção civil para a câmara de vereadores e destacou: “nosso mandato tem que estar em bastante
sintonia com a comunidade, queremos levar os problemas do bairro e discutir incansavelmente
todas as melhorias na qualidade de vida da população (...) queremos denunciar
toda essa farra dos vereadores de Belém que só pensam em roubar e nas eleições querem
comprar nosso voto com dinheiro roubado de nós mesmo”.
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