O candidato
a vereador pelo PSTU, Cleber Rabelo, iniciou falando do principal entrave para
vida de trabalhadores e trabalhadoras que ainda não possuem casa própria e
vivem de aluguel: a especulação imobiliária. Cleber analisa que o
problema da falta de moradia e do aumento do custo dos alugueis é um problema
de todo o Brasil, e que traz graves consequências para a população. Atualmente existem
cerca de 6 milhões de pessoas sem teto ou morando em barracos embaixo de pontes
ou em locais totalmente insalubres. Cerca de 2 milhões de pessoas sofrem
anualmente com os reajustes dos alugueis e pagam mensalidades acima de sua capacidade
financeira. “em contrapartida um dos
maiores absurdos do Brasil capitalista é que em 2008, o IBGE sinalizou que
existem cerca de 7,2 milhões de imóveis desocupados utilizados pelas grandes corretoras
e construtoras de imóveis para especulação imobiliária”, denunciou Cleber
Rabelo.
Cleber
ainda falou do Programa Federal “Minha Casa Minha Vida” criado pelo governo
Lula. O programa prevê financiamento de imóveis novos para famílias que ganham
acima de 3 salários mínimos, excluindo grande parte da população mais carente
que vivem em áreas de ocupação e em
bairros periféricos, ganhando menos de três salários mínimos. “o programa não foi criado para atender de
fato a população que precisa de subsidio para aquisição de um imóvel. Foi criado
para adaptação do repasse de dinheiro para construtoras e empreiteiras, que
colocam apartamentos em preços exorbitantes de 90, 100, 120 mil reais, e o
governo dá de 17 a 23 mil reais de incentivo, e o trabalhador ou trabalhadora
ainda tem que pagar 70, 80 mil reais pra morar em quem lucra com isso são as
construtoras”.
Com investimentos
de 6% do PIB em 10 anos apenas seria possível acabar com o déficit habitacional
em todo o Brasil, valor bem inferior ao que é repassado aos banqueiros para
pagamento de juros da dívida, atualmente cerca de 23% do PIB.
UMA
ALTERNATIVA DE ESQUERDA PARA A QUESTÃO DA MORADIA EM BELÉM
Belém
tem um problema estrutural e histórico de ausência de política habitacional. Mais
da metade dos domicílios (51%) estão situados em locais precários, o que
abrange 650 mil pessoas, destas, pelo menos 65 mil famílias moram em habitações
com excesso de gente e/ou terrenos não regularizados.
“O déficit habitacional em Belém é de
73.977 unidades habitacionais, o que demandaria 1,9 bilhões de reais para resolver
o problema. Pra fazer uma reforminha no Mangueirão, pra receber Brasil e
Argentina, Jatene gastou 2 milhões de reais. Então não é que não tem dinheiro, o
problema tá na prioridade com que é gasto o dinheiro público”
afirma Cleber Rabelo.
A proposta
do PSTU é a regularização das áreas de ocupação, investimentos da ordem de 6%
do PIB nacional para moradia, construção de um fundo para construção de
moradias populares com aumento de IPTU para grandes empreendimentos. Cleber ainda
apresentou como proposta, a criação de uma empresa habitacional do município. “Chega
de repassar dinheiro público para empresas privadas!”
FORTALECENDO
UMA ALTERNATIVA DE LUTA
A atividade teve a
participação de cerca de 100 pessoas, e teve 15 filiações. Logo a após a
atividade os convidados compareceram a sede do partido para uma roda de samba
em homenagem aos 70 anos in memoriam de
Clara Nunes. Neste dia também foi feita uma homenagem pelo grupo de negros e
negras do PSTU, ao Orixá Exú, figura mais controvertida dos cultos
afro-brasileiros e também a mais conhecida.
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