quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

CLEBER RABELO DECLARA SOLIDARIEDADE À RESISTÊNCIA DO POVO SÍRIO CONTRA O GOVERNO ASSASSINO DE ASSAD

A noite do dia 12 de dezembro de 2012 vai ficar marcada na memória de cerca de 120 pessoas que estavam presentes no auditório do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Belém. Não por ser uma prévia do fim do mundo como afirmam diversos numerólogos, astrólogos..., mas talvez por marcar o início de grandes reflexões acerca das atrocidades cometidas pelo governo ditatorial de Bashar Al-Assad e a luta travada pelo povo Sírio.
A palestra “A Primavera Árabe e a Revolução na Síria” organizada pela CSP-Conlutas foi ministrada pela ativista síria Sara Al-Suri, hoje exilada no Líbano, e iniciou com um pequeno documentário com cenas de massacre da população civil, vítima dos bombardeios do regime de Al-Assad. 
Cleber Rabelo, em sua fala, afirmou que esse debate é fundamental, pois ainda que tenhamos uma situação diferente no Brasil, os trabalhadores brasileiros sofrem diariamente ataques impostos pelo governo de frente popular: “O governo de frente popular que hoje vigora no Brasil, tendo em Dilma (PT) sua representação máxima, ataca todos os dias os direitos da classe trabalhadora, com os leilões dos poços de petróleo, as privatizações dos hospitais universitários e dos aeroportos, por exemplo. Nesse sentido, a mobilização e a pressão dos trabalhadores são fundamentais para barrar estes e qualquer tipo de ataque. O povo sírio é um exemplo a ser seguido em todo o mundo!”, afirmou.
Solidariedade Internacional
Assim como Cleber, Sara Al-Suri também ressaltou a importância do espaço e lembrou com indignação os setores da “esquerda” que insistem em apoiar a ditadura síria, como é o caso das organizações ligadas a Cuba ou a Chávez, na Venezuela. “O povo Sírio tinha esperanças nesses governos e os enxergava como símbolos importantes do anti-imperialismo. Mas o que vemos hoje é a Venezuela fornecendo o diesel que alimenta os aviões de guerra de Assad, que bombardeiam nosso povo! O apoio que estamos recebendo de organizações como o PSTU é fundamental para que acreditemos de novo na esquerda. E em uma esquerda consequente!”
Nesse sentido, Cleber afirmou ser muito importante a solidariedade internacional com a causa síria. Segundo o vereador eleito, é necessário que as organizações de esquerda em nível mundial se posicionem de forma coerente neste embate e, para isso, é preciso ter claro quem está no campo da revolução e quem está no campo oposto, no da contrarrevolução: “Assad sempre foi sustentado pelo imperialismo e é no exército de Assad que está o processo contrarrevolucionário que quer derrotar o levante operário sírio. Ainda que os principais órgãos de oposição ao regime ditador - o Conselho Nacional Sírio (CNS) e o Exercito da Síria Livre (ESL) – sejam compostos por alguns setores da burguesia, é um erro a “esquerda” internacional posicionar-se a favor de Assad. É necessário disputar essas organizações por dentro, mantendo a independência política dos trabalhadores sírios, e batalhar contra qualquer tipo de direção traidora do processo. É por isso que estamos ao lado do povo sírio e contra o massacre praticado com métodos nazifascistas pela ditadura pró-imperialista de Assad”. 
Caráter internacionalista
Cleber ainda destacou o caráter internacionalista do PSTU, dizendo que isso já fez com que o partido travasse várias lutas e fizesse campanhas internacionais em favor dos trabalhadores oprimidos em todo o mundo: “Nos posicionamos ao lado do povo haitiano e queimamos a bandeira do Brasil, contra intervenção brasileira no Haiti; nos posicionamos contra Mubarak,  ao lado dos egípcios; e também contra a intervenção imperialista na Líbia, contra Kadafi. Agora, o caráter internacional do nosso partido nos cobra outro posicionamento e é por isso que estamos contra Assad; é por isso que exigimos que ele seja processado e condenado por todos os crimes cometidos e que seus bens sejam confiscados e colocados a serviço dos explorados. Nossa luta aqui no Brasil é pela queda do regime e pela construção de um governo operário na Síria (...) Os ventos que sopram no mundo árabe nos mostram que revoluções são possíveis e essa vitória do povo sírio será, com certeza, a vitória dos trabalhadores em nível mundial.”, concluiu.

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