quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Todo apoio à luta dos trabalhadores da Celpa. Não às demissões!

Os trabalhadores da Centrais Elétricas do Pará (Celpa S.A) passam por um momento muito delicado. Às vésperas da data-base da categoria e na tentativa de impedir a luta dos trabalhadores, a empresa demitiu 12 trabalhadores durante esta semana, sendo duas na terça-feira (21) e dez na quarta-feira (22). Das 12 demissões, apenas uma foi a pedido. Em nota divulgada pelo Sindicato dos Urbanitários do Pará, “não existe outro motivo para que a empresa dispense empregados (...) essas dispensas fazem parte de uma série de medidas covardes e desumanas para tentar impedir a luta nesta data-base”. 
Os trabalhadores realizaram uma assembleia durante a manhã de hoje, quinta-feira (30/10) para deliberar sobre a pauta de reivindicações protocolada na empresa no dia 2 de outubro e que ainda segue sem respostas.  O vereador Cleber Rabelo (PSTU) esteve presente para se solidarizar à luta dos trabalhadores e colocar seu mandato a serviço da mobilização da categoria. 
Segundo Cleber, neste ano, praticamente todas as datas-bases no país, empurraram diversas categorias para lutas e greves.  “Para conseguir reajustes acima da inflação, os trabalhadores tiveram que fazer greves fortíssimas, porque os empresários tem resistido muito diante o cenário que vivemos: de crise econômica”, disse.
O vereador também lembrou que o cenário é de muitos ataques para aqueles que ganham menos, com a volta da inflação corroendo os salários, o aumento do preço do combustível, dos alimentos, do gás e do próprio aumento da tarifa de energia. “Um aumento absurdo de quase 35% na conta dos trabalhadores. E que, para piorar, não se reverte em melhoria da qualidade no serviço, nem em melhores condições de trabalho aos funcionários”.
Ainda durante a assembleia, muitas denúncias foram feitas em relação aos ataques praticados pela Celpa-Equatorial aos trabalhadores. De acordo com o funcionário conhecido como “Biro Biro”, há um completo desrespeito às leis trabalhistas e à CLT. “O gerente está dando atividades que, humanamente, são impossíveis de executar dentro da jornada de trabalho. Aí quando os trabalhadores questionam, são demitidos. Para completar, tem gente vindo trabalhar de férias aqui. É um absurdo!”, afirmou. 
Os trabalhadores pretendem entrar com ação no Ministério Público para que as tais ações sejam coibidas. Ainda assim, o vereador Cleber se comprometeu a denunciar o assédio que a  empresa vem praticando, na Câmara de Vereadores. “Mas não nos iludamos: nossas vitórias só poderão ser alcançadas com muita luta e, para isso, é preciso que estejamos fortalecidos e mobilizados!”.

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