Para receber a homenagem, o vereador Cleber Rabelo (PSTU),
indicou a sra. Maria Auxiliadora Galúcio Neves, 58, moradora do bairro da Terra
Firme, avó do jovem Eduardo Chaves, uma das vítimas da chacina que chocou Belém
em novembro do ano passado.
De acordo com o vereador, a escolha de Maria Auxiliadora é
simbólica e de fundamental importância. “Aos olhos de muitos, de dona Maria é
igual a de muitas outras. E, de fato, é. Isso é a que faz especial”, diz.
Com a entrega da plaqueta “Dulce Accioli” à Maria
Auxiliadora, o vereador também retomou as discussões sobre a chacina, a
impunidade e, principalmente, sobre a violência urbana em nosso município.
“A periferia de Belém foi manchada com o sangue de jovens
inocentes, numa chacina envolvendo milicianos. Até agora, ninguém foi
responsabilizado. Existe uma política de criminalização da pobreza que vem
dizimando nossos jovens. E não podemos fechar os olhos para isso”.
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A Sra. Maria Auxiliadora Galúcio Neves, de 58 anos, é
moradora do bairro da Terra Firme há aproximadamente 17 anos. Missionária e
Coordenadora do Círculo de Oração da Igreja Assembleia de Deus, na Congregação
Brasília I, área 3, no mesmo bairro. Mãe de um casal de filhos, criou também,
seu neto Eduardo Chaves. Eduardo de 16 anos era evangélico como sua vó e foi
uma das onze (11) vítimas oficiais da Chacina que aconteceu em Belém no dia 04
de novembro de 2014. Estudante do 1º ano, já tinha concluído vários cursos
técnicos como serigrafia e manutenção de computadores e celulares e tinha
planos de entrar no exército. Sua vó, na verdade, “mãe”, lembra saudosa que seu
filho completaria 17 anos no dia 9 de fevereiro passado.
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