Por, Emiliano de oliveira, de
Altamira (PA).
Os cinco operários presos na
delegacia da Policia Civil de Altamira, apontados pelo Consórcio Construtor
Belo Monte (CCBM) como responsáveis pela revolta ocorrida entre os dias 10 e 12
no interior dos canteiros de obras receberam, pela manhã desta quarta-feira, a
visita da Comissão da CSP-Conlutas - Central Sindical Popular.
Entre os membros da Comissão estão à
advogada da Central, Anacely Rodrigues, o diretor do – Sindicato dos
Trabalhadores da construção Civil de Belém, Sandro Carvalho e o vereador , recentemente
eleito em Belém, Cleber Rabelo, do Partido Socialista dos Trabalhadores
Unificado – PSTU, também operário da Construção Civil.
Hoje, dia 20, logo no inicio da manhã
a comissão se deslocou até o Fórum Criminal de Altamira, lá tiveram acesso ao
processo criminal em que os trabalhadores são acusados de incêndio, formação de
quadrilha e dano ao patrimônio; Para a comissão da CSP-Conlutas constatou-se
que, até agora, trata-se apenas acusações, pois não existe nenhuma prova
concreta que incrimine esses operários.
“No processo o que existe são fotos
que não comprovam a presença de nenhum dos operários presos e o depoimento de
um “chefe da administração da empresa” acusando de forma unilateral esses
trabalhadores, sem ter como provar que são eles os autores de qualquer ação das
quais estão sendo acusados. Como se vê isso é uma grande injustiça”,
disse Cleber Rabelo.


A visita da Comissão constatou que os
trabalhadores foram desamparados pelo SINTRAPAV, sindicato que diz ser o
representante legal dos trabalhadores da construção da Hidroelétrica de Belo
Monte. “A CSP-Conlutas intensificará sua luta pela libertação imediata desses
trabalhadores. A princípio pode-se ver que a maior possibilidade é que tudo não
passa da tentativa do CCBM de criminalizar a luta dos operários”, afirmou
Sandro, do Sindicato dos trabalhadores da Construção de Belém.
Os cinco trabalhadores presos são:
Ernesto, de Ji-Paraná; Eliseu, de Breu Branco; Mateus, de Barcarena; Odivaldo e
Raimundo, de Belém. “As provas contidas nos altos não provam nenhuma das
acusações feitas aos operários” disse a Advogada Anacely Rodrigues, pertencente
a Central.
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