quinta-feira, 6 de agosto de 2015

LEI MARIA DA PENHA COMPLETA 9 ANOS – VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES CONTINUA

Foi no dia 07 de agosto de 2006 que a Lei Maria da Penha foi criada. Fruto da luta de diversos movimentos feministas, a Lei prevê a punição para crimes contra mulheres e foi vista com muita esperança pelas trabalhadoras que sofrem com o machismo e a violência diária. Mas apesar de um avanço legal importante, têm se mostrado ineficaz no combate real à violência. Hoje, às vésperas de completar 9 anos, as mulheres não têm muito o que comemorar. 
O Brasil é o 7º, entre 87 países em que mais se mata mulheres, segundo o Mapa da Violência 2012.  Ainda segundo este estudo, o Pará está na 6ª posição entre os estados do país: são 6 assassinatos a cada 100 mil mulheres. O Pará é também o 10º estado com mais registros de crimes contra as mulheres, com 18 mil ações tramitando na justiça, segundo o Tribunal de Justiça do Estado (TJ/PA).
O feminicídio (como é chamado o assassinato de mulheres) e as agressões físicas e psicológicas são motivados pelo machismo. E com a Lei Maria da Penha, a violência contra as mulheres não tem diminuído. Isso acontece porque Dilma (PT), mesmo sendo mulher, não prioriza o combate à violência.
Prova disso é que o governo federal vem cortando verbas dessa área tão fundamental. E a consequência é a falta de instrumentos que garantam a proteção das mulheres. Faltam casas-abrigo, centros especializados e delegacias de mulheres, por exemplo. 
Agora, em tempos de crise de ajuste fiscal, os governos mostram que não só não investem em políticas no combate à violência, como também estão dispostos a atacar ainda mais os direitos dos trabalhadores. Mexer no seguro-desemprego, na pensão por morte e avançar a terceirização é atacar em especial as mulheres trabalhadoras, que ainda sofrem com o preconceito no mercado de trabalho, são assediadas moral e sexualmente e ainda recebem salários menores.
“Mas é preciso é ter força”, já diz a canção. E é com essa força que devem seguir lutando os homens e mulheres da classe trabalhadora contra o machismo e contra o capitalismo que segue nos oprimindo e explorando. 

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