Há
um ano a violenta desocupação do Pinheirinho, em São José dos Campos (SP), entrou
pra história nacional e internacional como mais uma injustiça contra os
direitos e a dignidade humana praticada pela política higienista do governo
PSDB e seus aliados, com anuência do governo federal de Dilma (PT). Mesmo um
ano após a desocupação, o cenário no local e para as famílias ainda é de
abandono. Nenhuma moradia foi construída pelo poder público e a situação dos
ex-moradores ainda é precária.
O
terreno, uma área de mais de um milhão de metros quadrados, voltou a ficar
abandonado, sem cumprir qualquer função social. A Seleta, massa falida do
especulador Naji Nahas, continua devendo milhões de reais em impostos e multas
à Prefeitura. As famílias ainda lutam pela desapropriação do terreno para que
possam construir suas casas e viver novamente no Pinheirinho.
A
principal característica do bairro era a sua forma de organização. Os moradores
deliberavam, em assembleias, sobre questões de interesse específico da
comunidade e sobre a atuação política na cidade, no estado e mesmo no país,
como nas diversas marchas à Brasília da qual participaram. O PSTU atuava – e
atua ainda hoje – na coordenação do Pinheirinho.
A
organização e a politização do Pinheirinho provocaram a fúria do Estado e da
polícia. No dia em que ocorreu a desocupação, os moradores ainda comemoravam
uma trégua acordada na Justiça. Infelizmente, o governo federal, que podia ter
efetuado a compra do terreno, nada fez. Ativistas, organizações políticas e
sociais, personalidades e pessoas comuns se mobilizaram em solidariedade ao
Pinheirinho no mundo inteiro.
No
dia em que se completa um ano dessa tragédia, nosso partido e nosso mandato expressam a nossa total solidariedade aos moradores do
Pinheirinho e lhes desejamos a vitória na luta por seus direitos. Expressamos o
nosso forte protesto às autoridades do Estado e exigimos o fim imediato destas
repressões bárbaras.
Infelizmente a opção dos governos, controlados pelo grande capital e
com o apoio da grande mídia, tem sido a opção da disseminação da barbárie
social e do vandalismo patronal contra os trabalhadores. À nossa classe social,
a classe trabalhadora, cujos homens e mulheres são os verdadeiros produtores
desse país e do mundo, cabe organizar a resistência e lutar pela construção de outro
tipo de sociedade em que os seres humanos e suas necessidades estejam em
primeiro lugar e não a ganância de um punhado de empresários parasitas.
Pinheirinho vive e resiste!
Cleber Rabelo
Vereador operário e socialista!
Belém, 21 de janeiro de 2013
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