segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Nota de solidariedade às famílias da ocupação do Pinheirinho em São José dos Campos (SP). – Vereador Cleber Rabelo (PSTU)


Há um ano a violenta desocupação do Pinheirinho, em São José dos Campos (SP), entrou pra história nacional e internacional como mais uma injustiça contra os direitos e a dignidade humana praticada pela política higienista do governo PSDB e seus aliados, com anuência do governo federal de Dilma (PT). Mesmo um ano após a desocupação, o cenário no local e para as famílias ainda é de abandono. Nenhuma moradia foi construída pelo poder público e a situação dos ex-moradores ainda é precária.
O terreno, uma área de mais de um milhão de metros quadrados, voltou a ficar abandonado, sem cumprir qualquer função social. A Seleta, massa falida do especulador Naji Nahas, continua devendo milhões de reais em impostos e multas à Prefeitura. As famílias ainda lutam pela desapropriação do terreno para que possam construir suas casas e viver novamente no Pinheirinho.
A principal característica do bairro era a sua forma de organização. Os moradores deliberavam, em assembleias, sobre questões de interesse específico da comunidade e sobre a atuação política na cidade, no estado e mesmo no país, como nas diversas marchas à Brasília da qual participaram. O PSTU atuava – e atua ainda hoje – na coordenação do Pinheirinho.
A organização e a politização do Pinheirinho provocaram a fúria do Estado e da polícia. No dia em que ocorreu a desocupação, os moradores ainda comemoravam uma trégua acordada na Justiça. Infelizmente, o governo federal, que podia ter efetuado a compra do terreno, nada fez. Ativistas, organizações políticas e sociais, personalidades e pessoas comuns se mobilizaram em solidariedade ao Pinheirinho no mundo inteiro.
No dia em que se completa um ano dessa tragédia, nosso partido e nosso mandato expressam a nossa total solidariedade aos moradores do Pinheirinho e lhes desejamos a vitória na luta por seus direitos. Expressamos o nosso forte protesto às autoridades do Estado e exigimos o fim imediato destas repressões bárbaras.
Infelizmente a opção dos governos, controlados pelo grande capital e com o apoio da grande mídia, tem sido a opção da disseminação da barbárie social e do vandalismo patronal contra os trabalhadores. À nossa classe social, a classe trabalhadora, cujos homens e mulheres são os verdadeiros produtores desse país e do mundo, cabe organizar a resistência e lutar pela construção de outro tipo de sociedade em que os seres humanos e suas necessidades estejam em primeiro lugar e não a ganância de um punhado de empresários parasitas.
Pinheirinho vive e resiste!
Cleber Rabelo
Vereador operário e socialista!
Belém, 21 de janeiro de 2013

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