terça-feira, 9 de julho de 2013

Centrais sindicais convocam dia de protestos e paralisações para esta quinta

 
 As principais centrais sindicais do país convocaram para esse 11 de julho, um dia nacional de lutas e paralisações. Este dia promete marcar a entrada em cena da classe trabalhadora nos protestos que varrem o país desde junho. A jornada de mobilizações é convocada pela CSP-Conlutas, Força Sindical, CUT, CTB, UGT, NCS, CGTB e CSB, e já aponta para ser uma das maiores jornadas de lutas e greves que o Brasil já viu.

   Em Belém, diversas categorias já confirmaram indicativo de paralisação. Entre elas estão os técnicos e professores da UFPA (Sindtifes e Adufpa, respectivamente); Construção Civil de Belém, Ananindeua e Marituba; Trabalhadores da saúde (Capes-Renascer, CCDQ, Santa Casa e PSM da 14 de março); Urbanitários (Cosanpa e Eletronorte); Sintel; Stafpa; Bancários, Conselhos de Enfermagem e Psicologia e o Movimento Belém Livre. A expectativa é que o ato reúna cerca de 30 mil pessoas nas ruas.

   Dois percursos estão previstos. O ato dos trabalhadores da construção civil sairá do sindicato da categoria por volta das 8h em direção ao Sindicato Patronal (Sinduscom). Os trabalhadores farão, então, uma breve parada para cobrar dos patrões as respostas sobre a pauta da Campanha Salarial, protocolada desde o dia 27 de junho. Após isso, seguirão a manifestação para se incorporar ao ato dos demais manifestantes, que estarão concentrados desde às 8h em frente à Prefeitura de Belém. Eles marcharão em direção ao Centro Integrado de Governo (CIG), onde serão recebidos pelo Governador do Estado.

   Dentre as reivindicações da jornada de lutas estão a redução da tarifa e melhoria do transporte público; mais investimentos em saúde e educação pública; fim do fator previdenciário e aumento das aposentadorias; redução da jornada de trabalho; fim dos leilões do petróleo; contra a PL 4330 da terceirização e por reforma agrária. A partir dessas bandeiras gerais, cada categoria vai parar e se mobilizar incluindo também suas reivindicações específicas.

   "Essa é uma luta contra os patrões, na medida em que os trabalhadores vão às ruas por reivindicações como salários e direitos, mas também contra o governo, pois a maior parte dos problemas que afetam a classe trabalhadora foi causado pelas decisões do governo federal, e também dos governos estaduais e municipais", afirma Abel Ribeiro, da Executiva Estadual da CSP-Conlutas. "O governo Dilma tem demonstrado muita disposição quando se trata de atender interesses das grandes empresas e dos bancos, pois agora queremos que ele atenda reivindicações dos trabalhadores com essa mesma disposição", defende.


   O diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Belém e vereador do município pelo PSTU, Cleber Rabelo, apoia o  processo de mobilização dos trabalhadores, mas não deixa de criticar as entidades que, por fora das reivindicações aprovadas pelas centrais, tentam desvirtuar o dia 11 colocando como bandeira a defesa do plebiscito sobre Reforma Política proposta pela presidente Dilma. “Setores como a direção da CUT, da UNE e setores do MST querem desviar as mobilizações, que são mobilizações que se chocam contra os governos e a atual política econômica, e fazer parecer mobilizações de apoio ao governo e à proposta de plebiscito da Dilma”, afirma, colocando como tarefa dos movimentos sociais e sindicais “fazer o contrário disso e ir às ruas pelas reivindicações dos trabalhadores”.

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