Em Belém, diversas categorias já confirmaram indicativo de
paralisação. Entre elas estão os técnicos e professores da UFPA (Sindtifes e
Adufpa, respectivamente); Construção Civil de Belém, Ananindeua e Marituba;
Trabalhadores da saúde (Capes-Renascer, CCDQ, Santa Casa e PSM da 14 de março);
Urbanitários (Cosanpa e Eletronorte); Sintel; Stafpa; Bancários, Conselhos de
Enfermagem e Psicologia e o Movimento Belém Livre. A expectativa é que o ato
reúna cerca de 30 mil pessoas nas ruas.
Dois percursos estão previstos. O ato dos trabalhadores da
construção civil sairá do sindicato da categoria por volta das 8h em direção ao
Sindicato Patronal (Sinduscom). Os trabalhadores farão, então, uma breve parada
para cobrar dos patrões as respostas sobre a pauta da Campanha Salarial,
protocolada desde o dia 27 de junho. Após isso, seguirão a manifestação para se
incorporar ao ato dos demais manifestantes, que estarão concentrados desde às
8h em frente à Prefeitura de Belém. Eles marcharão em direção ao Centro
Integrado de Governo (CIG), onde serão recebidos pelo Governador do Estado.
Dentre as reivindicações da jornada de lutas estão a redução da
tarifa e melhoria do transporte público; mais investimentos em saúde e educação
pública; fim do fator previdenciário e aumento das aposentadorias; redução da
jornada de trabalho; fim dos leilões do petróleo; contra a PL 4330 da terceirização
e por reforma agrária. A partir dessas bandeiras gerais, cada categoria vai
parar e se mobilizar incluindo também suas reivindicações específicas.
"Essa é uma luta contra os patrões, na medida em que os
trabalhadores vão às ruas por reivindicações como salários e direitos, mas
também contra o governo, pois a maior parte dos problemas que afetam a classe trabalhadora
foi causado pelas decisões do governo federal, e também dos governos estaduais
e municipais", afirma Abel Ribeiro, da Executiva Estadual da CSP-Conlutas.
"O governo Dilma tem demonstrado muita disposição quando se trata de
atender interesses das grandes empresas e dos bancos, pois agora queremos que
ele atenda reivindicações dos trabalhadores com essa mesma disposição",
defende.
O diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de
Belém e vereador do município pelo PSTU, Cleber Rabelo, apoia o processo de mobilização dos trabalhadores, mas
não deixa de criticar as entidades que, por fora das reivindicações aprovadas pelas
centrais, tentam desvirtuar o dia 11 colocando como bandeira a defesa do plebiscito
sobre Reforma Política proposta pela presidente Dilma. “Setores como a direção
da CUT, da UNE e setores do MST querem desviar as mobilizações, que são mobilizações
que se chocam contra os governos e a atual política econômica, e fazer parecer
mobilizações de apoio ao governo e à proposta de plebiscito da Dilma”, afirma, colocando
como tarefa dos movimentos sociais e sindicais “fazer o contrário disso e ir às
ruas pelas reivindicações dos trabalhadores”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário