segunda-feira, 18 de maio de 2015

Belo Monte Paralisada

As obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte amanheceram paradas na manhã desta segunda-feira (18). Pescadores e ribeirinhos cercaram o consórcio e impediram a entrada dos trabalhadores e da diretoria da Norte Energia. Os manifestantes cobram a retomada das negociações sobre as indenizações no setor da pesca. Segundo informações do Movimento Xingu Vivo, a Norte Energia tem se negado a negociar. Ainda segundo o movimento, “centenas de famílias perderam sua principal atividade econômica com a construção da hidrelétrica”.  
Foto: Reprodução/ Movimento Xingu Vivo 
Além de pescadores e ribeirinhos, cerca de 650 agricultores bloquearam a Transamazônica. Eles fazem parte do Movimento Pela Garantia dos Direitos das Populações da Transamazônica e Xingu e bloqueiam a entrada do Sítio pimental, no km 27 entre Altamira e Belo Monte, e no km 55, onde fica localizado o principal sítio da obra.
A construção da Hidrelétrica de Belo Monte foi marcada, desde o seu início, por grandes contradições. De um lado, muito lucro para as grandes empreiteiras, do outro, ataques aos operários, aos povos indígenas, aos pescadores e ribeirinhos e ao meio-ambiente. Toda semana é um escândalo novo, que já envolveu exploração sexual, corrupção e repressão a operários em greve.
Esta obra em nada beneficia os trabalhadores e os povos tradicionais da Amazônia. Por isso, toda a luta que se trave contra estes ataques é fundamental. Fortalecê-las é tarefa de todos aqueles que lutam em defesa do meio-ambiente e por um novo modelo energético. 


(assessoria) 

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