domingo, 9 de setembro de 2012

Emocionante manifestação parou Belém e unificou greve dos operários de Belém, Ananindeua, Marituba e Barcarena


Nesta quinta-feira, 06, Cleber Rabelo acordou antes do sol nascer para apoiar a greve da Construção Civil, que já havia chegado ao seu 3º dia. Este dia teve um simbolismo especial, pois marcou o início da unificação da greve da “peãozada” de Belém com a dos operários de Ananindeua, Marituba e Barcarena, três municípios próximos. A grande vitória do dia foi ter parado diversas obras que ainda não tinham aderido à greve, conseguindo assim chegar ao patamar de 97% da categoria parada. 
Após os piquetes, milhares de operários vieram para a frente do sindicato para uma assembleia e depois partir em manifestação para a sede do sindicato patronal, como forma de pressão. Nas duas atividades foi massivo o apoio à candidatura de Cleber, tendo dezenas de operários cadastrados como apoiadores e filiados ao PSTU. Muitos também levaram para suas casas cartazes, santinhos, panfletos e adesivos para divulgar em seus bairros esta candidatura socialista.
Antes da saída da passeata, um silêncio tomou os cerca de 4 mil operários assim que o diretor do sindicato, Ailson, anunciou no microfone o servente de ferreiro Cleber Rabelo para saudar o ato que se iniciava. A atenção dos operários durante a intervenção do diretor licenciado do Sindicado dos Trabalhadores da Construção Civil e candidato a vereador de Belém mostrava a confiança e respeito que ele inspira na classe.
A caminhada que parou o centro de Belém, apesar de não ter conseguido arrancar da patronal nenhuma negociação, terminou com um sentimento indescritível de vitória. Para além do simbolismo que significava ter a categoria dos operários da construção civil das 4 cidades da região metropolitana de Belém juntas na frente da sede da patronal gritando palavras de ordem, como: “Ô patronal preste atenção, está chegando o tsuname de peão!”.







O ato foi finalizado de forma muito emocionante. O comando do ato leu na íntegra o artigo http://mimcomigomesmo.blogspot.com.br/2012/09/sobre-greve-dos-trabalhadores-da.html?spref=fb) do professor universitário da UEPA Tony Leão, deixando todos emocionados, e muitos aos prantos. Enquanto as palavras do professor eram proferidas no microfone, podia-se ler no rosto de cada operário presente a dureza e o sofrimento que é ser trabalhador em nossa sociedade e ter somente a força de seus braços “para se equilibrar”, como diz o texto. Mais que isso: era um olhar de esperança, um olhar de quem está na luta e está disposto a ir até o fim.


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