
Uma nova rodada de negociação está marcada para o dia 17. O clima entre os trabalhadores na assembleia era: "ou a patronal melhora a proposta ou a categoria decretará greve na próxima assembleia", agendada para o dia 23. Os operários reivindicam 16% de reajuste salarial, cesta básica, plano de saúde, aumento no valor da PLR, direito a delegado sindical de base, classificação e 10% de vagas para as mulheres nos canteiros de obras.
Apoio às mobilizações
Cléber Rabelo (PSTU), diretor licenciado da categoria e candidato a vereador, esteve na assembleia ao lado de Edmilson Rodrigues (PSOL), deputado estadual e candidato a prefeito de Belém
Edmilson Rodrigues manifestou apoio à luta dos trabalhadores da construção civil e disse que, como deputado, sempre estevem ao lado dos que lutam. Disse que é preciso que os que fazem o mesmo trabalho tenham os mesmos salários, "não podem as operárias ganharem menos que os operários, isso é uma conquista desde o século XXI". E, complementou, "Além da luta sindical é importante também que haja trabalhadores no parlamento" e terminou dizendo, "vocês entenderam, o recado está dado".
A presença de Cléber Rabelo na assembleia geral dos operários da Construção Civil não foi nenhuma novidade. Há 14 anos trabalha como servente de ferreiro e, desde 2003, está à frente do sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, dirigindo greves, mobilizações e apoiando as lutas das demais categorias de trabalhadores do Estado. Atualmente, ele está licenciado do cargo para concorrer à legislatura.
Na assembleia, Cléber falou da importância da luta se dar em duas esferas: na luta econômica da categoria e na luta política. Disse que é preciso um projeto para os trabalhadores nas eleições que se avizinham, pois os projetos que se dizem para todos só beneficiam os empresários.

Também destacou a importância de reduzir o valor da tarifa de ônibus, garantir o passe livre para estudantes e desempregados e estatizar o transporte público. E denunciou Duciomar, atual prefeito, que no dia de hoje reprimiu violentamente os estudantes que estavam lutando pela redução da tarifa.
Cléber pediu solidariedade aos trabalhadores da GM, que estão ameaçados de demissão, e denunciou o governo Dilma que dá dinheiro para os empresários, enquanto aos trabalhadores é negada a estabilidade no emprego.
Cléber reforçou a importância da força das mulheres operárias e criticou a ausência de creches públicas na cidade, o que obriga muitas mulheres a ficar em casa para cuidar dos filhos, sem tem sequer o direito a trabalhar.
Ao final, Cléber destacou a importância de fortalecer a luta durante a campanha salarial e de não desperdiçar a grande oportunidade que a categoria tem de, pela primeira vez na história, ter um representante da categoria na Câmara.
Fortalecendo o PSTU
Apoiadores da campanha de Cléber Rabelo estiveram presentes na assembléia para prestigiar o evento. Cerca de 270 trabalhadores preencheram o cadastro para apoiar a candidatura e 80 dediciram por se filiar ao PSTU.
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