segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Após forte ato, trabalhadores da Educação do Estado continuam em greve

Há oito dias em greve, os trabalhadores em educação do estado realizaram novo ato na manhã de hoje (30/09). O mandato do vereador Cleber Rabelo esteve presente apoiando a luta destes guerreiros e colocando seu mandato a disposição da categoria.
“O que os trabalhadores em educação estão enfrentando é a parceria dos governos do PSDB: uma parceria de ataque aos nossos direitos, que impõe uma jornada de trabalho extenuante e ao mesmo tempo não paga o piso salarial nacional”, disse Cleber.
O vereador ainda criticou a postura do governo federal que, para ele, age de forma semelhante ao governo Jatene, já que não propõe mecanismos que obriguem esses governos a cumprirem uma lei nacional. “Na verdade, o governo Dilma se omite e compactua com esses governos quando não os obriga a cumprir a lei. Inclusive, o PT segue a mesma política de privatização  que o PSDB. Já foram estradas, portos  e aeroportos e agora a privatização avança sob o nosso petróleo”.
Ainda assim, Cleber acredita que os trabalhadores estão dando respostas a esses ataques, a exemplo das inúmeras greves que ocorrem por todo o país. Mas se as lutas estão avançando, a criminalização dessas ações também. “É necessário denunciar o papel da justiça, principalmente nesse último período de lutas generalizadas”, afirmou o vereador. Rabelo ainda denunciou que, enquanto o ato seguia em direção à Secretaria de Estado de Administração (Sead), um caminhão da tropa de choque já estava esperando os trabalhadores em frente à instituição. “O que a ‘justiça’ tem feito é criminalizar as greves, multando sindicatos e colocando a polícia para coibir lutadores. A greve da educação é um grande exemplo disso, já que foi julgada abusiva antes mesmo de ter começado!”.
Os trabalhadores seguiram em ato até à Sead, onde reuniram com secretários do governo. A reunião acabou já pela parte da tarde e, segundo Abel Ribeiro, da CSP-Conlutas, o governo apresentou algumas propostas. Em relação à eleição direta para os diretores das escolas, o governo se comprometeu a apresentar propostas em uma nova reunião marcada para amanhã (01/10) com local e horário a ser definido; o governo também se comprometeu a estudar um Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração unificado para a categoria e informar um calendário para o acompanhamento do sindicato e de qualquer trabalhador que tenha interesse sobre as reformas nas escolas. Ainda segundo o governo, não há possibilidade de pagamento retroativo dos salários referente ao ano de 2011 no momento, mas que uma proposta de pagamento será elaborada.
Para Abel, apesar de limitadas, essas sinalizações são fruto da greve e da forte adesão dos trabalhadores. “É preciso continuar!”, convocou. A categoria se reunirá em assembleia na próxima quarta-feira (02/10), às 9h, no Sindicato dos Bancários, para discutir as propostas apresentadas pelo governo.  Amanhã, os trabalhadores em educação do estado participarão do Ato Unificado das Categorias em Greve junto com Trabalhadores e trabalhadoras das Empresas de Correios e Telégrafos e Bancários. O ato está marcado para às 8h, com concentração na Escadinha do Porto, no Ver-o-Peso.

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